segunda-feira, 26 de julho de 2010

A troca de treinador da seleção

Logo após o término da péssima campanha da seleção da CBF na Copa da África, Ricardo Teixeira adiantou que o comando tomaria um novo destino, visando uma renovação.
Criou-se a expectativa em torno de qual seria o nome escolhido e muitos chutes foram dados. Chegou-se a falar até em Felipão, que havia recém acertado com o Palmeiras.

Na última sexta-feira, Muricy Ramalho, o treinador mais vencedor dos últimos cinco anos do futebol brasileiro, se reuniu com Ricardo Teixeira e foi convidado. A princípio avisou-o de que teria que conversar com os dirigentes do Fluminense, clube com o qual tem contrato. Para surpresa de todos, não houve a liberação e Muricy disse não.
Muricy é dos poucos no futebol que preserva a ética e a honestidade em suas decisões. Deixou claro que gostaria de aceitar o convite, mas, tendo contrato - verbal, diga-se de passagem - decidiu dar sequência no trabalho e cumprir seu contrato até o final. Perguntado se daqui uns dias o Fluminense o dispensasse, ele respondeu: "Se eles me mandarem embora, problemas deles".

Diante da negativa da primeira opção, Ricardo Teixeira colocou em prática o plano B, convidando Mano Menezes. Este aceitou prontamente e se desligou do Corinthians, entregando o clube para Adilson Batista, com a responsabilidade do primeiro lugar no Brasileirão.

O terceiro treinador gaúcho de 2002 para cá (Felipão e Dunga o antecederam) vem de conquistas com o Grêmio e Corinthians na Série B, além de uma Copa do Brasil e um Paulista também clube paulista.

Esperamos que suas convocações sejam baseadas única e exclusivamente nos critérios técnicos. Esperamos que a força de empresários não se façam presentes nesta possível renovação da seleção.

Mas, em sua passagem pelo Corinthians, algumas indicações para contratações foram colocadas em cheque. Isso porque Mano Menezes tem como empresário o sr. Carlos Leite que também é empresário de alguns jogadores. Carlos Leite faz parte de um grupo de agentes da FIFA intitulado "organização" com nomes como Franck Henouda (o empresário do caso Junior), Kia Joorabchian, Wagner Ribeiro e Giulano Bertolucci.

Ficaremos de olho nos primeiros nomes convocados para ver se não existem coincidências entre os escolhidos e seus empresários.

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