quarta-feira, 30 de junho de 2010

São Tomé Futebol Clube





Grande clássico mundial, Alemanha x Inglaterra disputando vaga nas quartas-de-final da Copa da África. Convidei meu amigo Fidélis para assistir o jogo em minha casa, na manhã daquele domingo.

Fidélis é daqueles que acompanham futebol desde a Copa do Chile, em 1962. Lembra de muitos detalhes, lances, craques, jogadas e até algumas escalações completas. Mas, ele é o verdadeiro São Tomé. Só acredita vendo e desconfia de tudo e de todos. Para ele, todo jogo tem alguma coisa armada. Não tem uma vez em que ele não fale: “Chi... ele errou esse chute desse jeito? Aí tem coisa”.

Se o juiz marca pênalti, é porque ele já ta comprado. Se um jogador chuta uma bola longe do gol adversário, é porque ele já está colaborando para que aquele jogo termine com um resultado que será bom para os dois times.

Sua criatividade para justificar “as armações” ou “a teoria da conspiração” é imensa.

- Pensa comigo, diz ele. A próxima copa será aqui. Você acha que a Fifa vai deixar o Brasil conquistar o Hexa agora? E depois, em 2014, ser Hepta? Vai perder a graça.

- Já ta tudo combinado. Porque você acha que o juiz e o bandeirinha não deram aquele gol da Inglaterra? Porque eles querem ver a Alemanha campeã este ano. Os caras já perderam na Copa passada na casa deles. E se Alemanha ganhar, também serão tetra, igual a Itália. Daí a disputa em 2014 vai ficar ainda mais interessante.

Fidélis é o cara. Ele procura sempre basear seus argumentos em fatos, as vezes verídicos, as vezes imaginários. Mas, mesmo pensando assim, torce feito louco para Luiz Fabiano acertar o gol, Maicon fazer um cruzamento perfeito e Michel Bastos começar a jogar nesta copa.

Depois do jogo em que a Alemanha venceu a Inglaterra por 4 x 2, ele acabou ficando para o almoço, pois à tarde teria outro jogaço: Argentina x México.

Antes de começar o jogo, Fidélis falou que a Argentina ganharia aquela partida de qualquer jeito. Pela sua teoria, a Argentina está passando por uma difícil crise econômica e a presidente, Cristina Kirchner, teria negociado um ótimo desempenho de los hermanos em toda a Copa. Em troca, a AFA – Associação de Futebol Argentina, iria apoiar a reeleição de Joseph Blatter para a presidência da FIFA.

Falei para o Fidélis que a Argentina tem mais time que o México, tem um ótimo meio de campo e ataque. Mas ele argumentou: - Você acha que uma seleção pode ser boa jogando com uma defesa que tem Otamendi, De Michelis, Burdisso e Heinze? Esses caras são muito ruins. Não jogariam nem em time da séria B do Brasil.

E não é que começa o jogo e o México vai criando chances, até acertar uma bola na trave? A defesa argentina parece comprovar a tese de Fidélis. E, para ele ficar ainda mais senhor de suas teorias, Tevez marca um gol em total impedimento. Final de jogo com a Argentina passando para as quartas.

- Não falei? Eu to falando. Tá tudo arranjado. Só você que não percebe essas armações.

Fidélis é a reencarnação do incrédulo discípulo de Jesus. Já falei para ele fundar um time e batizar como São Tomé Futebol Clube. Mas ele fala que não seria louco de fazer isso. Para ele, até nos jogos da várzea tem armação.

- Lembra do ano passado, que o time da Vila dos Morros venceu as três primeiras partidas do Torneio da Amizade aqui do bairro? Eu assisti a todos os jogos e não conseguia acreditar como um time daqueles estava derrotando adversários mais fortes. Mas minha intuição não falha. O Dr. Abreu tinha comprado os juízes dos três jogos. Você sabe que o Dr. Abreu tem uma pousada em Pindamonhagaba? Pois é. Eu tenho certeza absoluta que esses três juízes ganharam finais de semana de graça lá na pousada do homem.

Não tem jeito. Eu até já desisti de tentar argumentar com o Fidélis que isso é coisa da cabeça dele. Já falei que o Ricardo Teixeira é um homem de bem, que a Globo não tem interesse em manipular jogos, que os campeonatos sempre são vencidos pelos melhores times. Falei que a FIFA é uma entidade idônea, que jamais esteve envolvida com negociação de resultados ou casos de corrupção. Falei até que o único juiz safado que tinha era o Edílson Pereira de Carvalho, mas que ele já foi afastado e não apita mais. Falei que o Internacional perdeu aquele título de 2005 para o Corinthians porque o Tinga se jogou na área e tentou cavar pênalti e mereceu ser expulso.

Pensando bem, se o Fidélis é igual a São Tomé, acho que eu já estou acreditando até em duendes e Papai Noel.

terça-feira, 29 de junho de 2010

As quartas-de-final em área e população

Transformando as disputas das quartas-de-final das oito seleções em população e área temos alguns números bem díspares.

A Alemanha pode não ser duas vezes melhor que a Inglaterra, mas sua área é quase três vezes maior que as terras da rainha. Já a população inglesa é 62% da alemã.

ALEMANHA x INGLATERRA
Área (km)
350.050 x 130.395

População
81.757.600 x 50.762.900

Uruugai e Gana não estão muito diferentes com relação aos números territoriais. Mas a torcida ganesa é quase sete vezes maior que a uruguaia.

URUGUAI x GANA
Área (km)
176.215 x 238.533

População
3.399.237 x 23.382.848

O confronto Brasil x Holanda apresenta a maior diferença de números quando analisamos as áreas dos países. Dentro de nosso território cabem 200 Holandas. E para fazer aquela tradicional corrente pra frente, temos quase doze vezes mais vozes para gritar "Brasil".

BRASIL X HOLANDA
Área(km)
8.337.218 x 41.528

População
192.924.506 x 16.570.613

Entre Espanha x Paraguai os territórios são quase idênticos, com um pouco mais de extensão para a terra das castanholas. Mas, se depender de torcida, o Paraguai terá que jogar muito, pois perde longe em números de torcedores: são 40 milhões a mais de espanhóis desejando ver a "Fúria" finalmente chegar a um título mundial.

ESPANHA x PARAGUAI
Área (km)
504.030 x 406.750

População
46.063.511 x 6.100.000

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Mesa redonda no boteco lá da vila


Juarez acordou cedo, pegou sua camiseta amarela e foi comprar o pão para o café da manhã. Saiu de casa cantarolando “eu, sou brasileiro, com muito orgulho, com muito amor”. Oito da manhã e, nas casas vizinhas, ele olhava as diferentes bandeiras verde-amarelas afixadas nas janelas e os enfeites de rua. Seu Victorino, espanhol aposentado, lhe deu um bom dia e já perguntou o palpite do jogo: - 3 x 0 Brasil, só no primeiro tempo.

As férias da funilaria foram estrategicamente programadas para o período da Copa. Juarez é daqueles que assiste até Nova Zelândia x Austrália e depois ainda espera pelos raríssimos melhores momentos.

O jogo seria às 11 da manhã e, por isso, ele teria que correr para trazer o pão, tomar o café da manhã com a patroa e depois correr para o Boteco do Seu Ademar, ponto de encontro dos amigos em todas as partidas do Brasil. Lá, entre cervejas nem sempre geladas, salsicha empanada, bolinho de carne e coxinhas, realiza-se a verdadeira Mesa Redonda de Futebol, sem Galvões, Casagrandes ou Falcões. É ali que os autênticos comentaristas colocam suas opiniões, escalam suas seleções e preparam seus esquemas táticos infalíveis.

10:45 e tudo está preparado. Televisão ligada, imagem com um pouco de chuvisco porque o Seu Ademar não concordou em puxar um ponto da tevê a cabo para o bar. Aos poucos vão chegando os fiéis companheiros e torcedores.

Para Juarez, Chicão, Beiçola e Enrico, é a quinta copa que eles irão assistir juntos, no mesmo local e com o mesmo ritual. A primeira vez, e essa eles nunca esquecem, foi na Copa dos Estados Unidos, em 1994. Chicão odiava o Parreira e seu esquema retranqueiro que defendia o futebol de resultados. Juarez e Beiçola não queriam nem saber de esquema. Queriam o tetra e sair da fila de 24 anos sem vencer uma copa. Já Enrico, italiano de Napoli e brasileiro por carinho, torcia muito pela Azurra de Pagliuca, Baresi, Maldini, Donadoni, Baggio e Massaro. Para ele, o treinador Arrigo Sacchi era um verdadeiro mago e havia montado uma squadra imbattibile.
Nessa copa, Chicão, em sinal de protesto, vestia a camisa do Brasil dos avessos em todos os jogos. Dizia que torcia contra mesmo, pois aquele não era o verdadeiro futebol brasileiro. Sua ira aumentou ainda mais depois que Parreira resolveu escalar Mazinho no lugar de Raí.

Mas não vamos falar tanto do passado e sim do presente. Estamos em 2010, Copa da África, e aquele que era o capitão do Brasil em 1994, agora é o treinador. Juarez e Beiçola seguem vibrando muito e torcendo alucinados pelo hexa. Chicão, mais uma vez, não está nada animado com o jeito da seleção jogar. Para ele, Dunga repete exatamente o mesmo esquema de Parreira. Se na Copa dos Estados Unidos tinha Dunga, agora tem Felipe Melo.

E Enrico já nem tinha muitas esperanças de ver sua Itália apresentar um bom futebol. Para ele, Criscito, Chiellini, De Rossi, Gatuso e os demais comedores de pizzas, não são jogadores à altura dos grandes times italianos ao longo da história.

11:00 em ponto e o juiz autoriza o início de jogo. Galvão Bueno solta sua voz e Juarez começa a roer as unhas. Chicão já trata de baixar a adrenalina de todos. “Brasil e Portugal já estão classificados. Vai ser jogo de compadres.” Beiçola, ao melhor estilo, já manda um cala-boca e afirma que esse vai ser o jogo do Robinho. Enrico, ainda esperançoso com sua Itália, fala que mais uma vez a final será entre seu país e os brasileiros.

Na telinha, Felipe Melo comprova a teoria de Chicão e sai distribuindo bordoadas gratuitamente. Juarez o defende e fala que futebol é jogo para machos e tem que dividir duro mesmo, para mostrar pro mundo que o Brasil é um time de guerreiros. Falando em guerreiros, Chicão já pede mais umas Brahmas e mais salgadinhos.
A mesa redonda está mais animada que o jogo. Enrico foi ao banheiro e, na volta, acabou ficando no balcão jogando palitinho com seu Ademar. Juarez e Beiçola conseguem manter a adrenalina alta e torcem para Julio César não tomar gol.

São 14:54hs e Juarez volta para sua casa. A patroa lavando a louça do almoço e TV ligada na Globo.

- Amor, você tá assistindo alguma coisa importante? Vai começar um jogão da Copa e não posso perder: Suiça x Honduras.

domingo, 27 de junho de 2010

LIVRO: CASOS DE CORRUPÇÃO DENTRO DA FIFA

Divulgação
O jornalista inglês Andrew Jennings relata em livro casos de corrupção dentro da Fifa


Um dos escândalos relatados por ele em 2006, no livro Foul! The Secret World of Fifa (não traduzido no Brasil), teve um desfecho na sexta-feira. Altos dirigentes da organização máxima do futebol receberam propina, admitiu a Justiça suíça. Mas eles não serão punidos porque a lei do país, que é sede da Fifa, permitia o “bicho” na época.
Os figurões pagarão apenas os custos legais e suas identidades não serão reveladas. “É por isso que meu segundo livro sobre o tema será uma comparação da Fifa com o crime organizado”, conta. Ele optou por publicar a obra depois das eleições na entidade, em maio de 2011, embora duvide que alguém vá enfrentar o dono da bola, Joseph Blatter. “Ninguém ousa desafiar a Fifa porque eles controlam o dinheiro. E a imprensa cala”, dispara Jennings.

Em suas investigações sobre a Fifa, o que o senhor descobriu?
A Fifa é comandada por um pequeno grupo de homens – não há mulheres em altos postos da entidade e isso fala por si – que está lá há muitos anos. São homens em quem não devemos confiar e contra quem temos provas contundentes. Eles podem continuar no poder porque controlam o dinheiro. E tornam a vida dos dirigentes das confederações nacionais muito boa e fácil. Fico envergonhado porque ninguém se manifesta contra esse poder.

Como os dirigentes se manifestariam?
Zurique, sede da Fifa, é uma Pyongyang do futebol. O líder fala e os outros agradecem. Numa democracia é esperado que haja discordância, oposição. Na Fifa, não há. Eles têm um congresso a que, ironicamente, chamam de parlamento. São cerca de 600 delegados – acho que são 2 ou 3 por país representado, e são 208 países. Se você chegasse de Marte acharia que o mundo é perfeito, porque todos concordam. É vergonhoso. Nisso, a CBF é tão culpada quanto todas as outras confederações.

Que instrumentos a Fifa usa para manter esse poder?
A Fifa dá cerca de US$ 250 mil por ano para cada país investir em futebol. Na Europa, não precisamos desse dinheiro. A indústria do futebol fatura o suficiente para se alimentar. Mas é uma forma de a Fifa se manter. Esse dinheiro nunca é auditado. Na Suíça, a propina comercial não era ilegal até pouco tempo, apenas o suborno de oficiais do governo. O caso que eu conto no meu livro é justamente sobre um esquema de propinas pagas pela International Sport and Leisure (ISL), empresa que negociava os direitos televisivos e de marketing da Fifa. A história é cheia de detalhes, mas no final a ISL só foi responsabilizada pelo fato de gerenciar mal seus negócios enquanto devia para outras empresas.

Não houve punição?
Como eu disse, o pagamento de propina não era ilegal na Suíça. Portanto, não havia crime a ser punido. As acusações contra a Fifa foram retiradas e a entidade foi multada em 5,5 milhões de francos suíços (cerca de US$ 5 milhões) para custos legais.

Por que os governos não se envolvem ou a Justiça não faz algo?
Porque a sede da Fifa é na Suíça e a lei lá é muito permissiva. Para outros países, é inaceitável que esses homens se safem tão facilmente e que os altos dirigentes riam da nossa cara desse jeito. O que me deixa enojado é que os líderes dos países – o primeiro-ministro britânico, o presidente Lula e todos os outros – façam negócio com essas pessoas. Eles deveriam lhes negar vistos, deveriam dizer que não querem se relacionar com dirigentes tão corruptos. E tenho certeza de que, se os governantes se voltassem contra a corrupção da Fifa, teriam apoio maciço dos torcedores/eleitores.

Por que todos são tão complacentes?
Suponhamos que você seja uma torcedora fanática pelo seu time. Você vai à Copa do Mundo, mas como sempre há escassez de ingressos. Você então compra suas entradas de cambistas, mesmo sabendo que parte desse ágio vai voltar para o bolso da Fifa, já que ela é suspeita de liberar esses ingressos para os ambulantes. Você não pode provar, claro, mas você sabe. As pessoas não são estúpidas. Os governos menos ainda, eles podem investigar o que quiserem. Mas não investigam a Fifa porque os políticos simplesmente ignoram os torcedores. É o que já está acontecendo com a Copa de 2014. Qualquer brasileiro com mais de 10 anos sabe que a corrupção já está instalada. Por que ninguém faz nada?

Por quê?
É difícil saber. Se um país relevante enfrentasse a Fifa ela recuaria. Ou você acha ela excluiria o Brasil de uma Copa? Eles conseguem enganar países pequenos, esquecidos pelo mundo. Mas, se o Brasil dissesse não à corrupção, provavelmente a América Latina se uniria a vocês. E você acha que esses líderes latino-americanos nunca discutiram a possibilidade de um levante, de fazer o que os europeus já deveriam ter feito há tempos? Acho que lhes falta coragem.

O Brasil tentou fazer uma investigação, por meio de uma CPI.
Tentou e foi ao mesmo tempo uma vitória para o país e uma grande decepção, porque pararam de investigar no meio. O povo vai ter de pressionar os políticos a fazer algo. É realmente uma pena que o Brasil tenha chegado tão longe na investigação e tenha desistido no caminho. Havia provas para seguir em frente, para tirar a CBF das mãos do Ricardo Teixeira e, quem sabe, colocar auditores independentes lá dentro. A Justiça também poderia ser mais ativa. Por mais que eles tenham comprado alguns juízes, não compraram todos, certamente.

Sabendo de tudo isso o senhor ainda consegue curtir o futebol, se divertir com ele?
Sim, porque a corrupção não está tão infiltrada nos jogos, embora chegue a essa ponta também. Ela fica mais nos bastidores. Há exceções, como na Copa de 2002, em que a Espanha e a Itália foram roubadas grotescamente. Era importante para a Fifa que a Coreia do Sul passasse adiante. Não foi culpa dos jogadores, mas as razões políticas e econômicas se impuseram. Na Coreia, o beisebol é mais popular do que o futebol. Se eles fossem desclassificados, os estádios se esvaziariam. Neste ano, todos ficaram de olho nos jogos de times africanos. Blatter também precisa de um time do continente nas oitavas. A questão é que, quando assistimos às partidas, assistimos aos atletas, ao esporte, então, é possível confiar. É fácil punir um árbitro corrupto e a maioria não é corrompida.

Então, a corrupção não interfere tanto no esporte?
Cada centavo que os dirigentes tiram ilicitamente da Fifa ou das organizações nacionais é dinheiro que eles tiram do esporte e de investimentos. Portanto, estão desviando de nós, torcedores, e dos atletas que jogam no chão batido em países subdesenvolvidos. Eles tiram dos pobres.

É possível para os jogadores, técnicos e dirigentes se manterem distantes da corrupção no futebol?
Bom, o dinheiro normalmente é tirado do orçamento do marketing, não afeta jogadores e técnicos dos times nacionais. Uma coisa interessante é o comitê de auditoria interna da Fifa. Um dos membros é José Carlos Salim, que foi investigado muitas vezes no Brasil. Por que você acha que ele está lá? Para fingir que não vê.
A corrupção no futebol começa nos clubes e se espalha ou vem de cima para baixo?
Sempre haverá um nível de roubalheira em todas os escalões. Para isso temos leis e, às vezes, conseguimos aplicá-las. Mas a pior corrupção está na liderança mundial. Quase todos os países assinam tratados internacionais anticorrupção, mas não fazem nada quanto aos desmandos da Fifa e do COI. E, quando algum governante tenta ir atrás de dirigentes de futebol corruptos, a Fifa ameaça suspender o país. Só que ela faz isso com os pequenos. Fizeram isso com Antígua! Suspenderam o país minúsculo que ousou processar o dirigente nacional. Ninguém falou nada. Eu escrevi sobre isso porque tenho fãs lá que me avisaram do caso.

O senhor se sente uma voz solitária na imprensa?
Não confio na cobertura esportiva das agências internacionais. Em outras áreas elas são ótimas. Não no esporte. É uma piada. Apresento documentários com denúncias graves sobre a Fifa na BBC, num programa de jornalismo investigativo chamado [ITALIC]Panorama[/ITALIC], e dias depois a BBC Sport faz um programa inteiro em que Joseph Blatter apresenta alegremente a nova sede da Fifa em Zurique.

O senhor acompanhou a briga do técnico Dunga com a imprensa brasileira?
Não vou comentar o episódio porque não acompanhei de perto. Posso dizer que a imprensa inglesa e a da maioria dos países é puxa-saco. E sem razão para isso. A desculpa é que os editores têm medo de perder o acesso às seleções e à Fifa. Bobagem. Ora, eu fui banido das coletivas da Fifa sete anos atrás e ainda consegui escrever um livro e fazer várias reportagens. A imprensa deve atribuir as responsabilidades às autoridades. Se não fizer isso, é relações públicas. Tenho milhares de documentos internos da Fifa que fontes me mandam e não param de chegar. Por que só eu faço isso?

A cobertura se concentra mais no evento esportivo em si e nas negociações de jogadores?
Exato, também porque a chefia das redações tende a se concentrar nos assuntos de política nacional, internacional e na economia e deixar o esporte em segundo plano.

O que o senhor espera da Copa no Brasil, em 2014?
Há algumas semanas, o secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, deu um piti público cobrando o governo brasileiro para que acelerasse as construções para a Copa. Estranhei muito, porque não imagino que o governo brasileiro se recusaria a financiar uma Copa. Vocês são loucos por futebol, estão desenvolvendo sua economia, têm recursos e podem achar dinheiro para isso. Uma fonte havia me dito que Valcke e Ricardo Teixeira tinham tirado férias juntos, estavam de bem. Então, o que está por trás dessa gritaria? É pressão para o governo brasileiro colocar mais dinheiro público nas mãos da CBF. Mundialmente, as empreiteiras têm envolvimento com corrupção. Dá para sentir o cheiro daqui.

Três de seus livros são sobre as Olimpíadas. As falcatruas acontecem em qualquer esporte ou são predominantes no futebol?
Sou cuidadoso ao falar disso. Sei que a liderança da Fifa é muito corrupta – e venho publicando isso há mais de dez anos sem que eles tenham me processado nem uma vez sequer, o que diz muito. O COI era muito pior sob o comando de Juan Antonio Samaranch (morto em abril deste ano), que presidiu a entidade de 1980 a 2001. Ele era um fascista e o fascismo é, além de tudo, uma pirâmide de corrupção. Samaranch trabalhou ao lado do generalíssimo Franco. Essa cultura franquista e fascista se transformou em uma cultura gângster.

A corrupção no COI diminuiu com a saída de Samaranch?
Vou ilustrar com uma história. No meu site publiquei uma foto de Blatter cumprimentando um mafioso russo, em 2006, em um encontro com dirigentes do país. O russo foi quem fez o esquema em Salt Lake, na Olimpíada de Inverno de 2002, para que os conterrâneos ganhassem o ouro em patinação artística. Pois bem, Blatter, Havelange e muitos outros da Fifa são parte do comitê do COI. Essa é a dica de como a Rússia está agindo para sediar a Copa de 2018.

Foi assim que o Brasil conseguiu a Copa de 2014 e a Olimpíada de 2016?
Na votação em Copenhague, que deu a sede olímpica para o Rio de Janeiro, o nível de investigação jornalística foi ridículo, só víamos a praia de Copacabana com o povo feliz. Há um grupo no COI que já foi denunciado por receber propina no escândalo da ISL – e quem acompanha a entidade sabe quem eles são. Os dirigentes dos países só precisam pagar umas seis ou sete pessoas para conseguir o voto. Existe, com certeza, uma sobreposição entre os métodos da Fifa e do COI. Mas a cultura das duas entidades não é tão estrita quanto à de uma máfia, é mais como se fossem máfias associadas, apoiadas umas nas outras. Coca-Cola, redes de fast-food, Adidas, você acha que essas companhias não sabem o que está acontecendo? Eles não são estúpidos. A cara de pau é tamanha que Jacques Rogue, presidente do COI, disse em Turim, em 2006, que o COI e o McDonald’s compartilham os mesmos ideais. Será que ele não sabe quanto a obesidade infantil é um problema gravíssimo em vários países? Ou faz parte do jogo ceder a esses interesses?

Fonte: Jornal O Estado de São Paulo

Site do Jornalista Andrew Jennings
http://www.transparencyinsport.org/

Constatações sobre 50% das Oitavas

Jogadas as quatro primeiras partidas das oitavas de final da Copa da África do Sul, já podemos fazer algumas constações, mas previsões jamais.

O primeiro jogo foi Uruguai 2 x 1 Coréia do Sul. A Celeste Olímpica é, sem dúvida, a grata surpresa desta 19ª edição da copa do mundo. Uma seleção que conseguiu sua classificação somente na repescagem, na disputa contra a Costa Rica, chegou quietinha e sem nenhuma grande expectativa. Ou vindo declarações de jornalistas uruguaios, todos afirmam que até mesmo para eles este desempenho vem surpreendendo.
Passou pela primeira fase com duas vitórias e um empate, sem sofrer gols e terminou em primeiro no grupo. O goleiro Muslera ficou 338 minutos sem tomar gols. Tem como base de sustenção a experiência e a garra de Diego Lugano na defesa e a técnica de Diego Forlan, jogando às vezes como meia e às vezes como atacante. O outro atacante, Luiz Suáres, também está fazendo uma excelente copa e fez o gol que garantiu ao Uruguai a passagem para as quartas-de-final.



FICHA TÉCNICA
Uruguai 2 x Coréia do Sul

Gols
Uruguai: Luis Suárez, aos 8min do 1º tempo e aos 35min do 2º tempo

Coreia do Sul: Lee Chung-Yong, aos 23min do 2º tempo

Personagem do jogo
Luis Suárez, autor de dois gols absolutamente decisivos

Esquema Tático do Uruguai
4-3-1-2

Muslera; Maxi Pereira, Lugano, Godín (Victorino) e Fucile; Arévalo Rios; Diego Pérez e Alvaro Pereira (Lodeiro); Forlán; Luis Suárez (Alvaro Fernández) e Cavani
Técnico: Oscar Tabarez

Esquema Tático da Coreia do Sul
4-2-3-1

Jung Sung-Ryong; Cha Du-Ri, Cho Yong-Hyung, Lee Jung-Soo e Lee Young-Pyo; Kim Jung-Woo e Ki Sung-Yueng Yeom Ki-Hun; Lee Chung-Yong, Ji Sung-Park e Kim Jae-Sung (Lee Dong-Guk); Park Chu-Yong
Técnico: Huh Jung-Moo

Cartões amarelos
Coreia do Sul: Cha Du-Ri, Kim Jung-Woo e Cho Yong-Hyung

Árbitro
Wolfgang Stark (Alemanha)

Local
Nelson Mandela Bay, em Port Elizabeth

Na segunda partida de sábado, a representante do continente africano, Gana, enfrentou os Estados Unidos, que também vinham realizando uma boa copa. Vinham, porque a esta altura já estão de volta à terra de Tio Sam, pois foram batidos por 2 x 1 no único jogo até aqui que foi para a prorrogação. Foi um jogo bem disputado, com muita força por parte de Gana, e bastante toque de bola da seleção americana.



FICHA TÉCNICA
EUA 1 x 2 Gana


Gols
Estados Unidos: Donovan, aos 16min do 2º tempo

Gana: Kevin-Prince Boateng, aos 5min do 1º tempo, e Gyan, aos 2min do 1º tempo da prorrogação

Personagem do jogo
Gyan, que fez outra ótima partida isolado no ataque e marcou o gol da vitória

Esquema Tático dos Estados Unidos
4-4-2

Howard; Cherundolo, DeMerit, Bocanegra e Bornstein; Clark (Edu), Bradley, Dempsey e Donovan; Findley (Feilhaber) e Altidore (Gomez). Técnico: Bob Bradley

Esquema Tático de Gana
4-1-4-1

Kingson; Paintsil, John Mensah, Jonathan Mensah e Sarpei (Addy); Annan; Inkoom (Muntari), Asamoah, Kevin-Prince Boateng (Appiah) e Ayew; Gyan. Técnico: Milovan Rajevac

Cartões amarelos
Estados Unidos: Clark, Cherundolo e Bocanegra

Gana: Jonathan Mensah e Ayew

Árbitro
Viktor Kassai (HUN)

Local
Estádio Royal Bafokeng, Rustemburgo

DOMINGO COM JOGOS DIGNOS DE COPA DO MUNDO
O segundo dia das oitavas foi aberto com o clássico mundial Alemanha x Inglaterra. O jogo começou com o domínio total da Alemanha, que marcava forte e tocava a bola com muita rapidez, chegando com facilidade ao gol do goleiro inglês James. Não demorou muito para a superioridade se transformar em vantagem. Primeiro Klose e depois Podolski marcaram. A Inglaterra perdia o meio de campo e não conseguia levar perigo ao gol de Neuer. Porém, naquela que é a jogada mais manjada dos ingleses, conseguiram balançar as redes aos 37 minutos numa boa cabeçada de Upson e saída mal executada do goleiro alemão. Um minuto depois aconteceria o empate, não fosse a péssima visão do auxiliar e do árbitro que não viram a bola entrar por mais de 30cm.
A Inglaterra voltou para o segundo tempo disposta a reverter a história do jogo. Mas, com dois contra-ataques mortais, Müller balançou as redes alemãs e selou a sorte do jogo.



FICHA TÉCNICA
Alemanha 4 x Inglaterra


Gols
Alemanha: Klose, aos 20min, Podolski, aos 32min do 1º tempo e Müller, aos 22min, e Müller aos 25min do 2º tempo
Inglaterra: Upson, aos 37min do 1º tempo

Personagem do jogo
Thomas Müller, o melhor na vitória alemã

Esquema Tático da Alemanha
4-2-3-1

Neuer; Lahm, Mertesacker, Friedrich e Boateng; Khedira e Schweinsteiger; Müller (Trochowski), Özil (Kiessling) e Podolski; Klose (Gómez)
Técnico: Joachim Löw

Esquema Tático da Inglaterra
4-4-2

James; Glen Johnson (Wright-Phillips), Terry, Upson e Ashley Cole; Milner (Joe Cole), Lampard, Barry e Gerrard; Rooney e Defoe (Heskey)
Técnico: Fabio Capello

Cartões amarelos
Alemanha: Friedrich
Inglaterra: Glen Johnson

Árbitro
Jorge Larrionda (Uruguai)

Local
Free State Stadium, em Bloemfontein

Fechando o domingão, tivemos o futebol de toque de bola dos argentinos de Messi, Teves, Higuaín, Di Maria e Cia, contra o aplicado time do México. Novamente a arbitragem teve destaque negativo ao validar um gol em impedimento de Teves, abrindo o placar do jogo. Até então, os mexicanos vinham fazendo um bom jogo e já tinham criado chances para marcar, acertando inclusive o travessão de Romero.
Após sofrer o primeiro gol o México sentiu o golpe e a prova disso foi a falha do zagueiro Ozorio ao tentar a dominar a bola e perdê-la na frente de Higuaín que não perdoou e marcou 2 x 0.
Na volta do segundo tempo, Teves novamente deixou sua marca acertando um belíssimo chute no ângulo esquerdo de Pérez. Com a vantagem de 3 x 0 a Argentina passou a só tocar a bola, tentando explorar os contra-ataques. O México ainda conseguiu diminuir com Hernandez aos 26 minutos, mas não teve forças para tentar uma maior reação.



FICHA TÉCNICA
Argentina 3 x 1 México


Gols
Argentina: Tevez, aos 25min, e Higuaín, aos 32min do 1º tempo; Tevez, aos 7min do 2º tempo
México: Hernández, aos 26min do 2º tempo

Personagem do jogo
Tevez, que fez um gol impedido e marcou outro em uma bomba de longe

Esquema Tático da Argentina
4-1-3-2

Romero; Otamendi, Demichelis, Burdisso e Heinze; Mascherano; Maxi Rodríguez (Pastore), Messi e Di María (Jonás Gutiérrez); Tevez (Verón) e Higuaín. Técnico: Diego Maradona

Esquema Tático do México
4-2-3-1

Pérez; Juárez, Osorio, Rodríguez e Salcido; Rafa Márquez e Torrado; Giovani dos Santos, Bautista (Barrera) e Guardado (Franco); Hernández. Técnico: Javier Aguirre

Cartões amarelos
México:
Rafa Márquez

Árbitro
Roberto Rosetti (ITA)

Local
Estádio Soccer City, Johannesburgo

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Oitavas de final - Desempenho de cada seleção

Comparativo do desempenho na primeira fase das seleções que irão se enfrentar nas Oitavas-de-Final.

GF (Gols Feitos) C (Chutes ao gol) CC (Chutes certos) FC (Faltas cometidas) FS (Faltas sofridas) CA (Cartões Amarelos) 2CA (Segundo cartão amarelo) CV (Cartões vermelhos) Pas. (Passes) PC (Passes certos)

URUGUAI x CORÉIA DO SUL
GF - 4 x 5
C - 41 x 47
CC - 14 x 17
FC - 36 x 45
FS - 54 x 49
CA - 3 x 3
2CA - 1 x 0
CV - 0 x 0
PAS - 1197 x 1325
PC - 787 x 904

EUA x GANA
GF - 4 x 2
C - 49 x 55
CC - 20 x 14
FC - 43 x 48
FS - 44 x 28
CA - 6 x 6
2CA - 0 x 0
CV - 0 x 0
PAS - 1274 x 1428
PC - 871 x 1053

ARGENTINA x MÉXICO
GF - 7 x 3
C - 64 x 37
CC - 30 x 12
FC - 34 x 58
FS - 39 x 52
CA - 5 x 8
2CA - 0 x 0
CV - 0 x 0
PAS - 1881 x 1590
PC - 1468 x 1209

ALEMANHA x INGLATERRA
GF - 5 x 2
C - 44 x 46
CC - 20 x 22
FC - 34 x 45
FS - 37 x 40
CA - 6 x 5
2CA - 1 x 0
CV - 0 x 0
PAS - 1828 x 1668
PC - 1424 x 1221

HOLANDA x ESLOVÁQUIA
GF - 5 x 4
C - 42 x 29
CC - 20 x 8
FC - 46 x 49
FS - 47 x 49
CA - 6 x 8
2CA - 0 x 0
CV - 0 x 0
PAS - 1807 x 1301
PC - 1346 x 870

BRASIL x CHILE
GF - 5 x 3
C - 57 x 49
CC - 21 x 16
FC - 44 x 61
FS - 42 x 54
CA - 4 x 10
2CA - 1 x 1
CV - 0 x 0
PAS - 1972 x 1502
PC - 1647 x 1112

PARAGUAI x JAPÃO
GF - 3 x 4
C - 36 x 30
CC - 11 x 18
FC - 46 x 41
FS - 44 x 69
CA - 4 x 3
2CA - 0 x 0
CV - 0 x 0
PAS - 1518 x 1143
PC - 1051 x 709

ESPANHA x PORTUGAL
GF - 4 x 7
C - 55 x 46
CC - 19 x 18
FC - 30 x 42
FS - 56 x 35
CA - 0 x 7
2CA - 0 x 0
CV - 0 x 0
PAS - 2049 x 1527
PC - 1630 x 1145

(Fonte: fifa.com)

Os mais mais da Copa

Algumas seleções já estão voltando para casa. Mas mesmo essas seleções que não ficaram entre as 16 melhores da primeira fase também podem ganhar um troféu.

TROFÉU FELIPE MELO (Para a seleção que mais cometeu faltas)

AUSTRÁLIA - 67 faltas

TROFÉU REI PELÉ (Para a seleção que marcou mais gols)

PORTUGAL e ARGENTINA - 7 gols

TROFÉU CHUTANDO O BALDE (Para a seleção que mais chutou a gol)

ARGENTINA - 64 chutes

TROFÉU PONTARIA DE OURO (Para a seleção que mais acertou o gol)

ARGENTINA - 30 chutes certeiros

TROFÉU JACUZZI (Para a seleção que mais ficou em impedimento)

HONDURAS - 18 impedimentos

TROFÉU O BANDEIRINHA É MEU AMIGO (Para a seleção que mais cobrou escanteios)

INGLATERRA - 29 escanteios a seu favor

TROFÉU FELIPE MELO 2 - A Revanche (Para a seleção que mais levou cartões)

CHILE - 11 cartões

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Os números não mentem, mas enganam

O técnico Muricy Ramalho sempre afirma que “o futebol é simples”. Se pensarmos bem, essa é uma verdade. Ele se resume em dominar a bola, não deixar o adversário roubá-la e colocá-la dentro do gol. Tudo muito simples.
Mas, cada partida de futebol apresenta certos mistérios que deixam intrigados os mais experientes comentaristas.

Tive a curiosidade de pegar os números de posse de bola e finalizações de 48 jogos da primeira fase deste mundial. E acabei colhendo algumas constatações interessantes.

Em termos de posse de bola, Argentina e Brasil são os campeões até o momento. Na partida contra a Grécia, fechando a participação do Grupo A e com um time praticamente todo de reservas, los hermanos chegaram ao número de 67% da posse de bola e conseguiram a vitória por 2 x 0. Já o Brasil chegou a 63% no jogo de estréia contra a Coreia do Norte na vitória por 2 x 1.

No item finalizações, novamente aparece o Brasil, desta vez empatado com Portugal, em seus jogos contra a Coreia do Norte. Foram 26 finalizações de cada. Vale notar, porém, que os portugueses foram muito mais eficientes pois marcaram sete gols, contra apenas dois do Brasil com o mesmo número de chutes.

Já os países que menos finalizaram foram Nova Zelândia, no empate com a Itália em 1 x 1, com 3 chutes ao gol, e Japão, com cinco chutes na vitória por 1 x 0 contra os Camarões. O mais interessante destes números é notar que nenhuma das duas seleções perderam, mesmo finalizando tão pouco.

Um outro jargão muito utilizado pelos treinadores é “devemos valorizar a posse de bola”. Realmente, dessas 48 partidas, 17 terminaram com a vitória da seleção que ficou o maior tempo com bola. Mas esse índice não chega nem a 50%.

A princípio podemos afirmar que a equipe que tem a maior posse de bola é sempre a que mais finaliza ao gol adversário. Mas em algumas vezes isso não acontece. No jogo África do Sul 0 x 3 Uruguai, os anfitriões ficaram 51% do tempo com a bola e finalizaram 10 vezes. Mas o Uruguai, mesmo ficando com 49%, conseguiu finalizar 19 vezes contra o gol sul-africano. O mesmo fato aconteceu em mais oito partidas, o que mostra um domínio de jogo sem objetividade, na maioria das vezes apenas com toques laterais e sem jogadas verticais em direção ao gol.
Em dez partidas, a equipe que teve maior tempo de posse de bola acabou saindo derrotada.

Finalizações ao gol também não é sinônimo de vitória garantida. Em oito partidas, a equipe que mais finalizou acabou saindo derrotada. Normalmente nestas ocasiões ouve-se a frase: “Hoje a bola não queria entrar de jeito nenhum”.

Abaixo um resumo das partidas e as constatações dos números.
(Jogo - Posse de bola - Finalizações)


Maior posse de bola
Grécia 0 x 2 Argentina (33% x 67%) 7 x 22
Brasil 2 x 1 Coreia do norte (63% x 37%) 26 x 11

Maior número de finalizações
Brasil 2 x 1 Coreia do Norte (63% x 37%) 26 x 11
Portugal 7 x 0 Coreia do Nortel (55% x 45%) 26 x 15

Menor número de finalizações
Itália 1 x 1 Nova Zelândia (57% x 43%) 23 x 3
Japão 1 x 0 Camarões (45% x 55%) 5 x 11

Mais posse de bola e derrota
África do Sul 0 x 3 Uruguai (51% x 49%) (10 x 19)
México 0 x 1 Uruguai (59% x 41%) (11 x 15)
França 0 x 2 México (53% x 47%) (13 x 12)
Sérvia 0 x 1 Gana (52% x 48%) 13 x 16
Alemanha 0 x 1 Sérvia (51% x 49%) 15 x 10
Austrália 2 x 1 Sérvia (46% x 54%) 17 x 23
Japão 1 x 0 Camarões (45% x 55%) 5 x 11
Camarões 1 x 2 Dinamarca (54% x 46%) 23 x 13
Eslováquia 0 x 2 Paraguai (51% x 49%) 6 x 11
Espanha 0 x 1 Suiça (63% x 37%) 24 x 8

Mais posse de bola e vitória
Argentina 1 x 0 Nigéria (58% x 42%) 20 x 11
Grécia 2 x 1 Nigéria (56% x 44%) 27 x 10
Argentina 4 x 1 Coréia do Sul (57% x 43%) 22 x 13
Grécia 0 x 2 Argentina (33% x 67%) 7 x 22
Argélia 0 x 1 Eslovênia (48% x 52%) 11 x 7
Eslovênia 0 x 1 Inglaterra (46% x 54%) 13 x 13
EUA 1 x 0 Argélia (52% x 48%) 22 x 19
Alemanha 4 x 0 Austrália (55% x 45%) 16 x 10
Gana 0 x 1 Alemanha (46% x 54%) 17 x 13
Holanda 2 x 0 Dinamarca (58% x 42%) 18 x 10
Holanda 1 x 0 Japão (61% x 39%) 9 x 10
Brasil 2 x1 Coreia do norte (63% x 37%) 26 x 11
Brasil 3 x 1 Costa do Marfim (56% x 44%) 12 x 10
Portugal 7 x 0 Coreia do Norte (55% x 45%) 26 x 15
Honduras 0 x 1 Chile (44% x 56%) 7 x 20
Chile 1 x 0 Suiça (58% x 42%) 20 x 7
Espanha 2 x 0 Honduras (57% x 43%) 22 x 9

Mais finalizações e derrota
França 0 x 2 México (53% x 47%) (13 x 12)
Argélia 0 x 1 Eslovênia (48% x 52%) 11 x 7
Alemanha 0 x 1 Sérvia (51% x 49%) 15 x 10
Austrália 2 x 1 Sérvia (46% x 54%) 17 x 23
Japão 1 x 0 Camarões (45% x 55%) 5 x 11
Holanda 1 x 0 Japão (61% x 39%) 9 x 10
Camarões 1 x 2 Dinamarca (54% x 46%) 23 x 13
Espanha 0 x 1 Suiça (63% x 37%) 24 x 8

terça-feira, 22 de junho de 2010

Juca Kfouri não deve indenizar Ricardo Teixeira

Mais um, mais um, mais um…

Liberdade de manifestação

Juca Kfouri não deve indenizar Ricardo Teixeira


Por LILIAN MATSURA

Do CONSULTOR JURÍDICO, onde se pode ler toda a sentença em:

http://www.conjur.com.br/

A 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal confirmou, nesta terça-feira (22/6), a derrota de Ricardo Teixeira em mais uma peleja contra o jornalista Juca Kfouri. O presidente da Confederação Brasileira de Futebol pedia a condenação do comentarista por danos morais por tê-lo chamado de “subchefe da máfia do futebol nacional”, em reportagem publicada na revista Caros Amigos.

Para decidir, os ministros Ellen Gracie e Gilmar Mendes seguiram voto do decano da corte, ministro Celso de Mello. Ao analisar anteriormente o Agravo de Instrumento apresentado por Ricardo Teixeira, o relator concluiu que, “longe de evidenciar prática ilícita contra a honra subjetiva do suposto ofendido”, o jornalista usou da liberdade de expressão assegurada aos profissionais da imprensa pela Constituição Federal.

Segundo o ministro, os jornalistas têm o direito de criticar, mesmo de forma contundente, qualquer pessoa ou autoridade. “Não se pode desconhecer que a liberdade de imprensa, enquanto projeção da liberdade de manifestação de pensamento e de comunicação, reveste-se de conteúdo abrangente, por compreender, dentre outras prerrogativas relevantes que lhe são inerentes, (a) o direito de informar, (b) o direito de buscar a informação, (c) o direito de opinar e (d) o direito de criticar”, escreveu Celso de Mello no dia 13 de maio, ao rejeitar monocraticamente o agravo.

Celso de Mello considerou “lapidar” a decisão do Tribunal de Justiça paulista contestada por Ricardo Teixeira. A ementa do acórdão dizia: “Os políticos estão sujeitos de forma especial às críticas públicas, e é fundamental que se garanta não só ao povo em geral larga margem de fiscalização e censura de suas atividades, mas sobretudo à imprensa, ante a relevante utilidade pública da mesma”.


Por Juca Kfouri às 22:07

Jogadores com melhores médias de gols do Brasil em Copas do Mundo

Jogador - Edições - PJ GF MG
MODERATO - 1930 - 1 2 2.0
LEONIDAS - 1934, 1938 - 5 8 1.6
ADEMIR - 1950 - 6 9 1.5
PREGUINHO - 1930 - 2 3 1.5
ALFREDO II - 1950 - 1 1 1.0
CHICO - 1950 - 4 4 1.0
FRED - 2006 - 1 1 1.0
GILBERTO MELO - 2006 - 1 1 1.0
JUNIOR - 2002 - 1 1 1.0
PINGA - 1954 - 2 2 1.0
RILDO - 1966 - 1 1 1.0
VAVA - 1958, 1962 - 10 9 0.9
PELÉ - 1958, 1962, 1966, 1970 - 14 12 0.9
RONALDO - 1998, 2002, 2006 - 19 15 0.8
CARECA - 1986, 1990 - 9 7 0.8
AMARILDO - 1962 - 4 3 0.8
PERACIO - 1938 - 4 3 0.8
ROMEU - 1938 - 4 3 0.8
ROMÁRIO - 1990, 1994 - 7 5 0.7
JOSIMAR - 1986 - 3 2 0.7
JULINHO - 1954 - 3 2 0.7
MULLER - 1986, 1990 - 3 2 0.7
ZICO - 1978, 1982 - 8 5 0.6
BALTAZAR - 1950, 1954 - 5 3 0.6
FALCAO - 1982 - 5 3 0.6
ROBERTO DINAMITE - 1978 - 5 3 0.6
RIVALDO - 1998, 2002 - 14 8 0.6
JAIRZINHO - 1966, 1970, 1974 - 16 9 0.6
ADRIANO - 2006 - 4 2 0.5
CESAR SAMPAIO - 1998 - 6 3 0.5
ROBERTO - 1938 - 2 1 0.5
ZIZINHO - 1950 - 4 2 0.5
RIVELINO - 1970, 1974, 1978 - 13 6 0.5
BEBETO - 1994, 1998 - 14 6 0.4
TOSTAO - 1966, 1970 - 7 3 0.4
GARRINCHA - 1958, 1962, 1966 - 12 5 0.4
EDER - 1982 - 5 2 0.4
JAIR - 1950 - 5 2 0.4
SERGINHO - 1982 - 5 2 0.4
SOCRATES - 1982, 1986 - 10 4 0.4
JUNINHO PERNAMBUCANO - 2006 - 3 1 0.3
NELINHO - 1974, 1978 - 6 2 0.3
RAI - 1994 - 3 1 0.3
REINALDO - 1978 - 3 1 0.3
DIRCEU - 1974, 1978, 1982 - 11 3 0.3
FRIACA - 1950 - 4 1 0.3
MANECA - 1950 - 4 1 0.3
DIDI - 1954, 1958, 1962 - 15 3 0.2
GERSON - 1966, 1970 - 5 1 0.2
RONALDINHO - 2002, 2006 - 10 2 0.2
ZE ROBERTO - 2006 - 5 1 0.2
CARLOS ALBERTO - 1970 - 6 1 0.2
CLODOALDO - 1970 - 6 1 0.2
EDMILSON - 2002 - 6 1 0.2
KAKA - 2002, 2006 - 6 1 0.2
VALDOMIRO - 1974 - 6 1 0.2
ZAGALLO - 1958, 1962 - 12 2 0.2
EDINHO - 1978, 1986 - 7 1 0.1
MARCIO SANTOS - 1994 - 7 1 0.1
JUNIOR - 1982, 1986 - 10 1 0.1
ZITO - 1958, 1962 - 10 1 0.1
BRANCO - 1986, 1990, 1994 - 12 1 0.1
DJALMA SANTOS - 1954, 1958, 1962, 1966 - 12 1 0.1
Jose Oscar BERNARDI - 1978, 1982 - 12 1 0.1
NILTON SANTOS - 1954, 1958, 1962 - 15 1 0.1
ROBERTO CARLOS - 1998, 2002, 2006 - 17 1 0.1

Jogadores que já atuaram pela seleção em Copas do Mundo

Jogador PJ V D E
RONALDO 19 15 3 1
DUNGA 18 12 3 3
TAFFAREL 18 12 3 3
CAFU 17 14 3 0
ROBERTO CARLOS 17 13 3 1
JAIRZINHO 16 10 4 2
DIDI 15 11 1 3
NILTON SANTOS 15 11 1 3
BEBETO 14 9 2 3
GILMAR 14 11 1 2
LEAO 14 7 2 5
PELÉ 14 12 1 1
RIVALDO 14 11 2 1
RIVELINO 13 8 2 3
ALDAIR 12 8 1 3
BRANCO 12 9 1 2
DJALMA SANTOS 12 8 2 2
GARRINCHA 12 10 1 1
Jose Oscar BERNARDI 12 8 1 3
LUCIO 12 11 1 0
ZAGALLO 12 10 0 2
DIRCEU 11 7 2 2
GILBERTO SILVA 11 10 1 0
JORGINHO 11 8 1 2
LEONARDO 11 7 2 2
JUNIOR 10 8 1 1
RONALDINHO 10 9 1 0
SOCRATES 10 8 1 1
TONINHO CEREZO 10 7 1 2
VAVA 10 8 0 2
ZITO 10 9 0 1
ALEMAO 9 7 1 1
CARECA 9 7 1 1
WILSON PIAZZA 9 7 0 2
BAUER 8 4 2 2
BELLINI 8 6 1 1
ROMÁRIO 8 6 0 2
ZICO 8 5 1 2
AMARAL 7 4 0 3
BATISTA 7 4 0 3
BRITO 7 6 1 0
DENILSON 7 5 2 0
EDINHO 7 4 0 3
JUNIOR BAIANO 7 4 2 1
MARCIO SANTOS 7 5 0 2
MARCOS 7 7 0 0
MARINHO CHAGAS 7 3 2 2
MARINHO PERES 7 3 2 2
MAURO SILVA 7 5 0 2
ORLANDO 7 5 1 1
PAULO CESAR 7 4 1 2
TOSTAO 7 6 1 0
ZINHO 7 5 0 2
ADEMIR 6 4 1 1
AUGUSTO 6 4 1 1
BARBOSA 6 4 1 1
CARLOS ALBERTO 6 6 0 0
CESAR SAMPAIO 6 4 1 1
CLODOALDO 6 6 0 0
EDMILSON 6 6 0 0
FELIX 6 6 0 0
GIL 6 4 0 2
JUVENAL 6 4 1 1
KAKA 6 5 1 0
LUIS PEREIRA 6 3 1 2
MAURO RAMOS 6 5 0 1
MULLER 6 4 1 1
NELINHO 6 3 0 3
ROQUE JUNIOR 6 6 0 0
TONINHO 6 3 0 3
VALDOMIRO 6 3 2 1
ZOZIMO 6 5 0 1
BALTAZAR 5 2 1 2
BIGODE 5 4 1 0
CARLOS 5 4 0 1
CARPEGIANI 5 3 2 0
DANILO ALVIM 5 4 1 0
DE SORDI 5 4 0 1
DIDA 5 4 1 0
EDER 5 4 1 0
ELZO 5 4 0 1
EVERALDO 5 5 0 0
FALCAO 5 4 1 0
GERSON 5 4 1 0
JAIR 5 4 1 0
JUAN 5 4 1 0
JULIO CESAR 5 4 0 1
JUNINHO PAULISTA 5 5 0 0
KLEBERSON 5 5 0 0
LEANDRO 5 4 1 0
LEONIDAS 5 3 1 1
LUIZINHO 5 4 1 0
PATESKO 5 2 3 0
RICARDINHO 5 5 0 0
ROBERTO DINAMITE 5 4 0 1
SERGINHO 5 4 1 0
WALDIR PERES 5 4 1 0
ZE ROBERTO 5 4 1 0
ADRIANO 4 3 1 0
AFONSINHO 4 2 1 1
AMARILDO 4 4 0 0
CHICO 4 3 1 0
DOMINGOS 4 2 1 1
EDILSON 4 4 0 0
FRIACA 4 2 1 1
JORGE MENDONCA 4 3 0 1
LOPES 4 2 1 1
MACHADO 4 2 1 1
MANECA 4 3 0 1
MARTIM 4 1 2 1
MAURO GALVAO 4 3 1 0
MAZINHO 4 3 0 1
PERACIO 4 2 1 1
RICARDO GOMES 4 3 1 0
ROBINHO 4 3 1 0
RODRIGUES NETO 4 3 0 1
ROMEU 4 2 1 1
VALDO 4 3 1 0
VALTER 4 2 1 1
ZE MARIA 4 2 2 0
ZEZE PROCOPIO 4 2 1 1
ZIZINHO 4 3 1 0
BRANDAOZINHO 3 1 1 1
CASTILHO 3 1 1 1
EMERSON 3 3 0 0
JOSIMAR 3 2 0 1
JULINHO 3 1 1 1
JUNINHO PERNAMBUCANO 3 2 1 0
LEIVINHA 3 1 0 2
LIMA 3 1 2 0
LUISINHO 3 1 2 0
PINHEIRO 3 1 1 1
RAI 3 2 0 1
REINALDO 3 1 0 2
RICARDO ROCHA 3 2 1 0
ALCINDO 2 1 1 0
ALTAIR 2 1 1 0
ANDERSON POLGA 2 2 0 0
BRANDAO 2 2 0 0
CASAGRANDE 2 2 0 0
CICINHO 2 1 1 0
DENILSON 2 1 1 0
DINO SANI 2 1 0 1
EDSON 2 2 0 0
FAUSTO 2 1 1 0
FERNANDO 2 1 1 0
HERCULES 2 1 0 1
HERMOGENES 2 1 1 0
ITALIA 2 1 1 0
JOEL 2 1 0 1
LUIZAO 2 2 0 0
MOZER 2 2 0 0
PAULO HENRIQUE 2 1 1 0
PINGA 2 1 0 1
PREGUINHO 2 1 1 0
ROBERTO 2 2 0 0
ADEMIR DA GUIA 1 0 1 0
ALFREDO 1 0 1 0
ALFREDO II 1 0 0 1
ARGEMIRO 1 1 0 0
ARMANDINHO 1 0 1 0
BATATAIS 1 1 0 0
BELLETTI 1 1 0 0
BENEDICTO 1 1 0 0
BRITTO 1 1 0 0
CANALLI 1 0 1 0
CARVALHO LEITE 1 1 0 0
CHICAO 1 0 0 1
DIDA 1 1 0 0
EDU 1 1 0 0
ELY DO AMPARO 1 1 0 0
FIDELIS 1 0 1 0
FONTANA 1 1 0 0
FRANCISCO RODRIGUES 1 1 0 0
FRED 1 1 0 0
GILBERTO MELO 1 1 0 0
GIOVANNI 1 1 0 0
GONCALVES 1 0 1 0
HUMBERTO TOZZI 1 0 1 0
JAU 1 1 0 0
JOEL 1 0 1 0
JUNIOR 1 1 0 0
LUZ 1 0 1 0
MANGA 1 0 1 0
MARCO ANTONIO 1 1 0 0
MAURINHO 1 0 1 0
MIRANDINHA 1 0 0 1
MODERATO 1 1 0 0
NILO 1 0 1 0
NORONHA 1 0 0 1
OSCARINO 1 0 1 0
PARANA 1 0 1 0
PAULO ISIDORO 1 1 0 0
PEDROSA 1 0 1 0
POLY 1 0 1 0
RILDO 1 0 1 0
ROBERTO 1 1 0 0
RODRIGUES 1 0 0 1
ROGERIO CENI 1 1 0 0
RUSSINHO 1 1 0 0
RUY 1 0 0 1
SILVA 1 0 1 0
SILVIO 1 0 1 0
TEOPHILO 1 0 1 0
TIM 1 1 0 0
TINOCO 1 0 1 0
VALDEMAR 1 0 1 0
VAMPETA 1 1 0 0
VELLOSO 1 1 0 0
ZE CARLOS II 1 0 0 1
ZE LUIS 1 1 0 0

segunda-feira, 21 de junho de 2010

O voo da Muamba - Você se lembra?

Em meio às festas e alegria do povo pela conquista do tetra-campeonato mundial de futebol pela seleção canarinho em 1994 nos Estados Unidos, um fato extra-futebol tomou as manchetes dos principais jornais do país. A delegação brasileira desembarcava no Rio de Janeiro em avião fretado trazendo um carregamento de produtos sem pagar o devido imposto. Esse fato ficou conhecido como o "Voo da muamba".
E como estamos em época de Copa, achei interessante recordar este acontencimento. Quem sabe eles não resolvem trazer algumas toneladas de vuvuzelas escondidas na bagagem?

Abaixo reproduzo matéria publicada pelo diário Lance em 13 de agosto de 2009 informando sobre a condenação do presidente da CBF, Ricardo Teixeira:


O presidente da CBF, Ricardo Teixeira, foi condenado nesta quarta, em primeira instância, pela 22ª Vara Federal do Rio, pela liberação das bagagens da delegação da Seleção após a Copa do Mundo de 1994. O caso ficou conhecido como "o voo da muamba". De acordo com a sentença da juíza Lilea Pires de Medeiros, por ter usado de força política, Teixeira teve os seus direitos políticos suspensos por três anos e não poderá firmar contratos com o Poder Público e receber benefícios ou incentivos fiscais pelo mesmo prazo.

A confusão se deu porque a delegação retornou ao Brasil com 17 toneladas de bagagens. Eletrodomésticos e até equipamentos de uma choperia que pertencia ao presidente da CBF faziam parte da bagagem de atletas e cartolas. Dois caminhões e seis caminhonetes foram utilizados para tirar toda a tralha do avião fretado.
Na ocasião, Teixeira ligou pessoalmente para o então ministro da Casa Civil, Henrique Hargreaves, e para o ministro da Fazenda, Rubens Ricupero. O presidente da CBF e os jogadores chegaram a ameaçar devolver as medalhas que os atletas haviam recebido do presidente Itamar Franco, após a conquista do tetra.
O caso causou cicatrizes na Receita Federal. O secretário Osíris Lopes Filho se desligou do cargo, por não concordar com o benefício concedido. Outros funcionários acompanharam a atitude do secretário.

A ação cívil, movida pelo Ministério Público Federal por improbidade administrativa, poderá ter sua definição acelerada na Justiça após a sentença em primeira instância. Na mesma decisão, o auditor fiscal Sylvio Sá Freire, na época chefe de fiscalização do Galeão, foi absolvido. Sá Freire foi acusado por Teixeira de ter cometido um ato abusivo.

Relembre o caso

VOO DA MUAMBA
O desembarque

Em 19 de julho de 1994, a Seleção desembarcou em Recife e depois em Brasília. A Receita ficou atenta e surpreendeu a todos no Rio.

Liberação
Teixeira usou de toda a pressão em Brasília para liberar a bagagem. Conseguiu, após alguns telefonemas.

Decisão
A condenação aconteceu em primeira instância. Cabe recurso. A CBF não se manifestou sobre o assunto.

Muamba
886 Quilos

Foi o peso declarado pela Receita para uma outra importação de equipamentos para a choperia El Turf, no Rio. Porém, na nota fiscal de compra, o peso do material era de 1.480kg.

Impostos
Cinquenta mil reais foi o valor pago de impostos pelas 17 toneladas de bagagens no voo da muamba, em 1994. Segundo os cálculos, a CBF deveria pagar cerca de R$ 1 milhão ao Fisco.

domingo, 20 de junho de 2010

O rancor de um homem

Desde que ssumiu o posto mais elevado para um treinador no futebol brasileiro, Dunga vem soltando o vocabulário e disparando sua metralhadora giratória contra profissionais da imprensa nacional.
Esse rancor não é de agora. Dunga se sente o perseguido, desde que foi lançada a frase "A era Dunga" que representava um estilo de se jogar futebol baseado na força e não na habilidade. Esse estilo foi adotado na era Lazzaroni, na preparação para a Copa de 1990, onde o atual técnico do selecionado nacional era o volante, cabeça de área e responsável pela marcação dos meias do adversário.
O desenpenho na Copa da Itália foi um dos piores da história do Brasil em mundiais, com um futebol medíocre e a eliminação nas oitavas de final para a Argentina de Maradona e cia.
Dunga não podia responder às críticas - merecidas por sinal. Era apenas um jogador.
Veio a Copa dos Estados Unidos e o volante teve a primeira oportunidade de se vingar, sendo o capitão de Parreira e erguendo a taça, novamente com um estilo de jogo longe dos padrões brasileiros de se jogar futebol. O importante era a conquista.
Já em 1998, em sua última copa, Dunga não pode se sentir por cima de todos e de tudo. O Brasil foi derrotado.
Veio então o fracasso de 2006, com a seleção de Parreira novamente e o clima de já ganhou. Deu no que deu e todos sabem o final.
Após a copa, Dunga foi anunciado como o treinador da seleção, para surpresa geral de imprensa e torcedores, sem nunca ter treinado nem time de categorias de base. Chegou com carta branca para instalar o estilo linha dura na seleção. Convocou jogadores desconhecidos e que nunca tinham sido convocados. Alguns destes jogadores estão na seleção ainda hoje. Outros apenas passaram e conseguiram boas negociações para outros clubes.
Dunga sabia que agora tinha o poder nas mãos. Era tudo que precisava para revidar as críticas que houvera recebido.
Suas entrevistas coletivas se transformaram no seu palanque, onde solta suas ideias nacionalistas, misturando futebol com patriotismo. Não admite críticas. Quem não pensa como ele, cedo ou tarde será xingado ou tratado ironicamente.

Hoje, na coletiva após a merecida vitória contra Costa do Marfim, ele estrapolou todos os limites da ética e da educação. Xingou abertamente o jornalista da Rede Globo, Alex Escobar. O mundo inteiro estava vendo e ouvindo. Eu estava assistindo a coletiva com minha filha do lado. Seus palavrões entraram nos lares de milhares de família do Brasil e do mundo, inclusive em sua própria casa e na casa de seus familiares.
Ninguém merece isso. Nem o jornalista ofendido grosseiramente e nem nós, meros torcedores.

Poderíamos até imaginar que haveria alguma advertência ao treinador por parte do comando da CBF. Mas, esperar isso de Ricardo Teixeira e Andrés Sanchez seria demais. Com toda certeza eles compartilham dessa lamentável postura e má educação.

Um cargo tão importante como esse não poderia, jamais, estar nas mãos de um homem cuja personalidade transborda em rancores e falta em educação.

A Copa dos excluídos - O que a tv não mostra

Esta a Copa do Mundo com o mais alto grau de tecnologia. São 32 câmeras colocadas estrategicamente no estádio para a transmissão de cada partida. Mostra-se todos os detalhes,a expressão de cada jogador, super câmera lenta para tirar todas as dúvidas.
Antes de cada jogo apresenta-se as belezas de cada cidade e os pontos turísticos.

O valor gasto pela África do Sul foi o equivalente a R$ 4,1 bilhões.

Mas podiam ter investido um pouquinho mais para não deixar tantas famílias vivendo em condições sub-humanas, verdadeiros campos de concetração, conforme a realidade que podemos ver no vídeo abaixo, em reportagem da ESPN Brasil.

sábado, 19 de junho de 2010

Gols semelhantes - Josimar 1986 e Maicon 2010

Muitas vezes um gol faz lembrar outro.
Neste caso, o interessante é que são dois gols marcados por laterais em partidas de Copa de Mundo.
O primeiro é de Josimar, na Copa de 1986, no México, na partida contra a Polônia.
O segundo é o gol de Maicon, contra a Coréia do Norte, na copa atual.
Por sinal, fazia exatamente 24 anos que um lateral direito não marcava gols pela seleção. O último foi exatamente de Josimar.

Veja nos vídeos abaixo a semelhantes entre os gols.




A Copa das marcas de materiais esportivo

Sete marcas de materiais esportivos estão estampados nas camisas dos jogadores das 32 seleções que disputam a Copa da África. Em termos de quantidade, Adidas é líder com 12 países. Logo a seguir vem a Nike com nove. Puma é a terceira com sete seleções. Mais três marcas, Brooks, Legea e Joma estão com uma seleção cada.


(12 seleções)- África do Sul – Alemanha - Argentina – Dinamarca – Eslováquia – Espanha - França – Grécia – Japão - México – Nigéria - Paraguai




(1 seleção) - Chile






(1 seleção) - Coréia do Norte



(1 seleção) - Honduras


(9 seleções) - Austrália – Brasil - Coréia do Sul – Eslovênia - Estados Unidos – Holanda – Nova Zelândia – Portugal - Sérvia


(7 seleções) – Argélia – Camarões – Costa do Marfim -Ghana – Itália – Suiça - Uruguai


(1 seleção)- Inglaterra

Disputadas as 16 partidas da primeira rodada em todos os grupos, a classificação das fabricantes em pontos, levando em consideração os confrontos das seleções com suas marcas, ficou assim:
1º Nike – 15 pontos
2º Adidas – 14 pontos
3º Puma – 9 pontos
4º Brooks – 3 pontos
5º Umbro – 1 ponto
6º Legea e Juma – 0 ponto

A Copa das marcas de materiais esportivos

Sete fabricantes de materiais esportivos estão estampados nas camisas dos jogadores das 32 seleções que disputam a Copa da África. Em termos de quantidade, Adidas é líder com 12 países. Logo a seguir vem a Nike com nove. Puma é a terceira com sete seleções. Mais três marcas, Brooks, Legea e Joma estão com uma seleção cada.


(12 seleções)- África do Sul – Alemanha - Argentina – Dinamarca – Eslováquia – Espanha - França – Grécia – Japão - México – Nigéria - Paraguai




(1 seleção) - Chile






(1 seleção) - Coréia do Norte



(1 seleção) - Honduras

(9 seleções) - Austrália – Brasil - Coréia do Sul – Eslovênia - Estados Unidos – Holanda – Nova Zelândia – Portugal - Sérvia


(7 seleções) – Argélia – Camarões – Costa do Marfim -Ghana – Itália – Suiça - Uruguai


(1 seleção)- Inglaterra

Disputadas as 16 partidas da primeira rodada em todos os grupos, a classificação das fabricantes em pontos, levando em consideração os confrontos das seleções com suas marcas, ficou assim:
1º Nike – 15 pontos
2º Adidas – 14 pontos
3º Puma – 9 pontos
4º Brooks – 3 pontos
5º Umbro – 1 ponto
6º Legea e Juma – 0 ponto

Música Oficial da Copa 2010



Wavin' Flag

Give me freedom, give me fire
Give me reason, take me higher
See the champions take the field now
You define us, make us feel proud

In the streets are hands up lifting
As we lose our inhibition
Celebration is surround us
Every nation all around us

Singing forever young
Singing songs underneath the sun
Let's rejoice in the beautiful game
And together at the end of the day

We all say

When I get older I will be stronger
They'll call me freedom
Just like the a waving flag

When I get older I will be stronger
They'll call me freedom
Just like the a waving flag
The a waving flag [3x]
Oh, oh, oh

Give you freedom, give you fire
Give you reason, take you higher
See the champions take the field now
You define us, make us feel proud

In the streets are hands up lifting
As we lose our inhibition
Celebration is surround us
Every nation all around us

Singing forever young
Singing songs underneath the sun
Let's rejoice in the beautiful game
And together at the end of the day

We all say

When I get older I will be stronger
They'll call me freedom
Just like the a waving flag

When I get older I will be stronger
They'll call me freedom
Just like the a waving flag
The a waving flag [7x]
Oh, oh, oh

We all say

When I get older I will be stronger
They'll call me freedom
Just like the a waving flag

When I get older I will be stronger
They'll call me freedom
Just like the a waving flag
The a waving flag [7x]
Oh, oh, oh

And everybody will be singing it


And we all will be singing it

Bandeira Ondulando

Me dê liberdade, mê de fogo
Me dê um motivo, me faça melhor
Veja os campeões no campo agora
Você nos define, nos faz sentir orgulhosos

Nas ruas são como uma elevação
Como nós perdemos nossa inibição
A celebração está ao nosso redor
Todas as nações em torno de nós

Cantando para sempre jovens
Cantando musicas debaixo do sol
Vamos nos alegrar com esse belo jogo
Juntos no fim do dia

Nós todos dizemos

Quando eu ficar mais velho eu serei mais forte
Eles me chamarão de liberdade
Como uma bandeira ondulando

Quando eu ficar mais velho eu serei mais forte
Eles me chamarão de liberdade
Como uma bandeira ondulando
uma bandeira ondulando [7x]
Oh, oh, oh

Te dar liberdade, te dar fogo
Te dar uma razão, te fazer melhor
Ver os campeões no campo agora
Você nos define, nos faz sentir orgulhosos

Nas ruas são como uma elevação
Como nós perdemos nossa inibição
A celebração está ao nosso redor
Todas as nações em torno de nós

Cantando para sempre jovens
Cantando musicas debaixo do sol
Vamos nos alegrar com esse belo jogo
Juntos no fim do dia

Nós todos dizemos

Quando eu ficar mais velho eu serei mais forte
Eles me chamarão de liberdade
Como uma bandeira ondulando

Quando eu ficar mais velho eu serei mais forte
Eles me chamarão de liberdade
Como uma bandeira ondulando
uma bandeira ondulando [7x]
Oh, oh, oh

Nós todos dizemos

Quando eu ficar mais velho eu serei mais forte
Eles me chamarão de liberdade
Como uma bandeira ondulando

Quando eu ficar mais velho eu serei mais forte
Eles me chamarão de liberdade
Como uma bandeira ondulando
E então vai voltar [4x]
Oh, oh, oh

E todo mundo irá cantar isso

Oh, oh, oh, oh, oh
Oh, oh, oh, oh, oh, oh, oh, oh, oh, oh
E todos nós iremos cantar isso

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Detalhes do desempenho de jogadores na copa

Quando assistimos a um jogo de futebol fixamos nosso olhar no chute para o gol, na defesa do goleiro, nos erros do árbitro. Mas, uma partida de futebol apresenta uma infinidade de detalhes que só podemos constatar através de números. E com os atuais recursos tecnológicos podemos analisar muito mais do que o simples resultado final.

VELOCIDADE
O futebol atual está num ritmo de velocidade cada vez maior. Basta assistir os jogos da década de 1970, 1980 para constatar que os jogadores percorrem, nos dias de hoje, uma distância muito superior ao que percorriam Gérson, Rivelino, Pelé e Cia.
Vejamos o que apurou os analistas da Fifa nesta primeira semana de jogos pela Copa do Mundo da África do Sul.
A Grécia precisou de cinco jogos no principal campeonato do mundo para conseguir marcar o seu primeiro gol e vencer seu primeiro jogo. Mas no quesito km/hora cinco gregos estão entre os 11 mais velozes da Copa. Avraam Papadopoulos atingiu a velocidade de 31,57 km/h. Logo a seguir vem Konstantinos Katsouranis com 31,50 km/h.
Os times africanos são famosos por suas arracandas. E o Nigeriano Victor Obinna é o terceiro mais veloz da copa com 31,10 km/h.

No jogo de estréia do Brasil, a opinião unânime foi de Kaka está fora de forma e que deixou muito a desejar. Mas, ele foi o brasileiro que atingiu a melhor média horária, com 29,84 km/h. Maicon, que confessou ter chegado na linha de fundo quase sem pernas, no lance em que marcou o primeiro gol brasileiro, foi o segundo mais vez com 28,76 km/h. O outro brasileiro mais vez, com certeza para surpresa de todos, foi Gilberto Silva, com 27,50 km/h. Já os atacantes canarinhos ficaram bem abaixo: Luiz Fabiano teve média horária de 22,75 km/h e Robinho 21,72 km/h.
A seleção Argentina mostrou em suas duas partidas um futebol muito rápido e de muita troca de passes. Gonzalo Iguaín, artilheiro da copa com três gols, atingiu a velocidade média de 30,93 km/h. Seu companheiro de ataque, Lionel Messi, marcou 28,72 km/h.
O jogador que percorreu a maior distância nos gramados africanos nestas duas rodadas é Gerardo Torrado, do México, com 24.22 km. O segundo colocado é Michael Bradley, dos EUA, com 23,81 km. Outro mexicano, Carlos Salcido, vem em terceiro lugar com 22.94 km.
Essa distância foi mensurada em duas situações: com a posse de bola e sem a posse da bola.
Na primeira situação, Torrado também lidera com 9,82 km. Em segundo está seu companheiro Salcido com 9,30 km. Já na situação sem a posse de bola, a liderança fica com Kagisho Dikgacoi, da África do Sul, com 10,29 km.

PASSES
Uma das exigências primordiais para o bom desempenho de uma equipe de futebol é acertar passes. O argelino Nadir Belhadj lidera na quantidade total de passes em duas partidas, com 155, média de 77, 5 por jogo. Em segundo vem Lionel Messi, com 145no total e média de 72,5 por jogo.
O Brasil só disputou um jogo, mas Maicon deu 110 passes nesse jogo, ficando portanto bem acima da média. O outro lateral, Michel Bastos é o segundo brasileiro que mais passou, com 105.

CHUTES AO GOL
Entre os que já disputaram duas partidas, a lliderança neste item é Lionel Messi, com 15, sendo sete no gol e oito para fora. Outro argentino, Gonzalo Higuain, vem em segundo com 11 chutes, sendo oito no gol e três para fora. Diego Forlan, do Uruguai, é o terceiro, com dez, dos quais quatro foram no gol (e já marcou dois gols) e seis para fora.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

A força de cada grupo de acordo com o Ranking Histórico da FIFA.

Utilizando a classificação atual do Ranking Histórico da FIFA, composto pelas 76 seleções que já disputaram copa do mundo, elaborei uma pontuação total para cada grupo da Copa do Mundo 2010. Essa pontuação foi feita com a colocação da seleção e não com seus pontos no ranking. Quanto menor a soma, mais forte indica ser o grupo, pois mostra que os países estão nas melhores colocações do ranking.

A classificação dos grupos ficou assim: (do mais forte para o mais fraco)
1º Grupo A – 84 pontos
2º Grupo E – 106 pontos
3º Grupo H – 110 pontos
4º Grupo D – 114 pontos
5º Grupo F – 118 pontos
6º Grupo G – 132 pontos
7º Grupo B – 143 pontos
8º Grupo C – 145 pontos

Note-se que a seleção sul-africana caiu exatamente no grupo mais forte por esse critério. Já a Inglaterra, no grupo C, ficou no mais fraco. O Brasil ficou com o grupo intermediário, assim como a Itália.
As piores colocações de seleções que estão na copa são Nova Zelândia (72º) e Grécia (73º).
Da primeira à décima colocação, somente Suécia (8º) e Rússia (10º) não conseguiram se classificar para a copa.

O jogo que dá a menor soma, indicando portanto seleções melhores colocadas no ranking, é Alemanha (2º) x Sérvia (11º) com 13 pontos, pelo grupo D. Já o jogo que dá a maior soma, indicando seleções piores colocadas no ranking, é entre Argélia (47º) x Eslovênia (67º), com 114 pontos, pelo grupo C.

Abaixo todos os grupos e as colocações de cada seleção no ranking da FIFA.

Grupo A – 84 pontos
06º França
12º Uruguai
15º México
51º África do Sul

Grupo B – 143 pontos
04º Argentina
30º Coréia do Sul
36º Nigéria
73º Grécia

Grupo C – 145 pontos
05º Inglaterra
26º EUA
47º Argélia
67º Eslovênia

Grupo D – 114 pontos
02º Alemanha
11º Sérvia
49º Gana
52º Austrália

Grupo E – 106 pontos
09º Holanda
25º Dinamarca
28º Camarões
44º Japão

Grupo F – 118 pontos
03º Itália
19º Eslováquia
24º Paraguai
72º Nova Zelândia

Grupo G – 132 pontos
01º Brasil
20º Portugal
55º Coréia do Norte
56º Costa do Marfim

Grupo H – 110 pontos
07º Espanha
22º Suiça
23º Chile
58º Honduras

terça-feira, 15 de junho de 2010

Onde jogam os 736 atletas das 32 seleções

A cada jogo ficamos admirados com as informações sobre os jogadores que estão disputando a 19ª Copa do Mundo na África do Sul. Tem brasileiro jogando pela Alemanha, por Portugal, pelo Japão e até pela Dinamarca. Tem Argentino jogando pela Itália e assim vai.

Mas no dia-a-dia, nos campeonatos interclubes, onde atuam esses jogadores?

A liga inglesa é a que mais forneceu atletas. São 114 jogadores distribuídos em 27 seleções. Somente Coréia do Norte, Japão, Itália, Uruguai e Alemanha não tem convocados que atuam na Premier League. E os 23 ingleses do selecionado da rainha atuam todos na Inglaterra. Austrália, Nigéria e Estados Unidos com sete jogadores cada são as demais seleções que levaram os atletas da liga mais rica do planeta.

A segunda liga com mais jogadores é a alemã, com 84 selecionados, espalhados por 24 seleções. E todos os 23 convocados pelo técnico germânico Joachim Löw jogam na Bundesliga. A Suiça é a seleção estrangeira com mais jogadores atuando na Alemanha.

O Calcio Italiano forneceu 79 jogadores para 20 seleções. A Azurra tem 22 que jogam na Itália. Completa a lista dos 23 o zagueiro Canavaro que atualmente disputa a liga do Qatar, atuando pelo Al-Ahli Doha. Brasil com oito e Argentina com seis são as seleções que mais convocaram atletas que atuam na Itália.

61 atletas saíram da Liga Espanhola para a África em 19 seleções. 20 desses 61 estão na seleção espanhola. Os outros três espanhóis atuam na Premier League da Inglaterra.
Fora estas quatro ligas mais fortes temos a seguir a Francesa com 48 jogadores convocados por 16 seleções. A Holandesa que cedeu 33 jogadores para 14 seleções, sendo que na seleção holandesa atuam apenas nove. A liga Japonesa tem 25 jogadores em 4 seleções. Logo a seguir vem a Grécia com 22 em 8 seleções e a Liga Mexicana com 21 convocados em quatro seleções.

O campeonato lusitano cedeu 21 jogadores. A liga norte coreana 20 atletas.
A sede África do Sul tem 16 jogadores, todos atuando pelos Bafanas Bafanas.
Várias ligas forneceram apenas um jogador. São elas a Austríaca, a Búlgara, a Camaronesa, a Chinesa, a Equatoriana, a Marfinense, a Sueca e a Tcheca.

Já o Campeonato Brasileiro está representado por seis jogadores: Robinho, Kléberson e Gilberto na seleção canarinho, mais Gonzalo Fierro, do Flamengo para o Chile, Julio César Cáceres, do Atlético MG para o Paraguai e Sebastián Abreu, do Botafogo para o Uruguai.

O Campeonato de Los Hermanos Argentinos forneceu 11 jogadores, sendo seis para a albiceleste, três para o Paraguai, um para o Uruguai e um para o Chile.

A Liga Israelense, pouquíssimo falada, está representada por seis jogadores: são três na seleção nigeriana, um na Costa do Marfim, um na Eslovênia e um na África do Sul. Vale notar que esses seis atletas atuam por seis clubes diferentes de Israel.

Outras ligas nacionais que cederam jogadores para a Copa são: Russa, Sul Coreana, Turca, Chilena, Hondurenha, Escocesa, Neo-zelandesa, Dinamarquesa, Suiça, Americana, Belga, Australiana, Ganesa, Paraguaia, Romena, Argelina, Sérvia, Colombiana, Emirados Árabes, Eslovaca, Eslovena, Norueguesa, Polonesa, Ucraniana e Uruguaia.

Temos ainda três jogadores que não estão disputando campeonato por nenhuma liga. Um Australiano e dois neozelandeses.
No total, 49 ligas do planeta forneceram jogadores para as 32 seleções.

NACIONALIDADE DOS JOGADORES
Num mundo globalizado temos jogadores vestindo camisas de seleções que não são de seu país de origem. A França é o país que tem mais jogadores distribuídos pelas seleções que estão na copa. São 44 espalhados por seis equipes: A França tem 21 franceses, um senegalês e um congolês. Logo a seguir vem a Argélia com 17 atletas franceses. Curiosidade é que até na seleção argentina tem um francês: é Gonzalo Iguain.

Depois da França é o Brasil o país com o maior número de jogadores na África. São 29 em cinco seleções. Fora os 23 comandados por Dunga temos ainda Deco, Pepe e Liedson em Portugal; Cacau na Alemanha; Marcus Tulio Tanaka no selecionado nipônico e o desconhecidíssimo Benny Feilhaber, que joga pela seleção norte-americana e atua pelo Aarhus, da liga dinamarquesa.

Os argentinos vem logo a seguir com 28 hermanos em mais quatro seleções além dos 22 da seleção argentina. Camoranesi pela Itália, Guilhermo Franco pelo México, Jonathan Santana, Néstor Ortigoza e Lucas Barrios pelo Paraguai e Matías Fernandez pela seleção portuguesa.

Já a inglaterra, além dos 23 que atuam pela seleção inglesa tem ainda mais três que estão disputando a copa pela Nova Zelândia, num total de 26.

A Alemanha vem logo a seguir com 24 germânicos. Mas na própria seleção alemã são somente 19. Temos ainda um alemão em Gana, Nova Zelandia e Coréia do Sul e mais dois na seleção camaronesa.

Temos ainda alguns países que não conseguiram vaga nas eliminatórias mas estão representados na África: Uzbequistão (na seleção da Nigéria), Ucrânia (na Austrália), Suriname (na Holanda), Suazilândia (na seleção dos Bafanas Bafanas), Senegal (na França), Escócia (nos Estados Unidos), Croácia (na Austrália), Canadá (pela seleção de Portugal), cada nação com um jogador.
Venezuela, Iugoslávia, Congo, Cabo Verde e Bósnia tem dois representantes cada. Polônia tem três atletas defendendo as cores alemãs.
No total são 46 países que enviaram jogadores para a África.

CLUBES
295 clubes de 49 ligas nacionais forneceram jogadores para as 32 seleções.
Barcelona e Chelsea lideram a lista com 14 cada. Depois vem o Liverpool com 12 e Bayerm de Munique com 11. Arsenal, Inter de Milão e Real Madrid mandaram 10 jogadores cada. Com nove convocados estão Ajax, Panathinaikos, Tottenham e Wolfsburg.

Mais quatro clubes forneceram oito atletas cada: Juventus, Marselha, Portsmouth e Udinese. De sete jogadores para baixo a lista é enorme.
Mas alguns clubes merecem registro. Já ouviu falar no Wellington Phoenix? Faz parte da Liga Neo-zelandesa e forneceu sete jogadores para a seleção nacional. E o Amrokgang? É da liga norte-coreana e sedeu cinco jogadores para a seleção.

Outros 155 clubes forneceram apenas um jogador para diferentes seleções.

Projeto da cidade São Paulo já está no Diário Oficial

Seg, 14/06/10 - 20h12

São Paulo apresenta projeto para sediar abertura da Copa 2014

Reforçando seu comprometimento com a realização da Copa em São Paulo, foi enviado nesta segunda-feira, 14, para o comitê organizador local (LOC) o projeto de adequação do estádio do Morumbi para os jogos de 2014. A proposta do São Paulo Futebol Clube inclui um novo projeto arquitetônico compatível com as especificações técnicas da FIFA, o orçamento e o plano de viabilidade financeira. Toda a obra será feita com fontes privadas de financiamento.

O material reitera as intenções do Governo do Estado e da Prefeitura de São Paulo para que a cidade receba a Cerimônia de Abertura, o jogo inaugural e Congresso Técnico da Copa de 2014.

Fonte: http://saopaulo.sp.gov.br/spnoticias/lenoticia.php?id=210603

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Todas as estreias do Brasil nas Copas do Mundo

Neste dia 15 de Julho o selecionado canarinho fará sua 19ª estreia em Copas. Até aqui foram 14 vitórias, 2 empates e 2 derrotas. São 41 gols a favor (média de 2,27 por estreia) e 16 gols sofridos (0,88 de média). Somente em 1974, comandada por Zagallo, em partida contra a Iuguslávia, que a seleção ficou no zero. São 7 vitórias seguidas de 1982 para cá. As duas derrotas ocorreram exatamente nas duas primeiras parcipações, em 1930 e 1934.

Abaixo todos os 18 jogos:

2006 Brasil 1x0 Croácia - Kaká
2002 Brasil 2x1 Turquia - Ronaldo e Rivaldo
1998 Brasil 2x1 Escócia - César Sampaio e Boyd (contra)
1994 Brasil 2x0 Rússia - Romário e Raí
1990 Brasil 2x1 Suécia - Careca (2)
1986 Brasil 1x0 Espanha - Sócrates
1982 Brasil 2x1 União Soviética - Sócrates e Éder
1978 Brasil 1x1 Suécia - Reinaldo
1974 Brasil 0x0 Iuguslávia
1970 Brasil 4x1 Tchecoslováquia - Jairzinho (2), Pelé e Rivelino
1966 Brasil 2x0 Bulgária - Pelé e Garrincha
1962 Brasil 2x0 México - Zagallo e Pelé
1958 Brasil 3x0 Áustria - Mazzola (2) e Nilton Santos
1954 Brasil 5x0 México - Baltazar, Pinga (2), Didi e Julinho
1950 Brasil 4x0 México - Ademir (2), Jair e Baltazar
1938 Brasil 6x5 Polônia - Leônidas (3), Perácio (2) e Romeu
1934 Brasil 1x3 Espanha - Leônidas
1930 Brasil 1x2 Iuguslávia - Preguinho

Números da Copa após 11 partidas realizadas

Com os primeiros onze jogos realizados, já podemos apontar alguns números que chamam a atenção nesta Copa.

FALTAS COMETIDAS
Japão 1 x 0 Camarões fizeram o jogo mais truncado e com a maior quantidade de faltas: 49, sendo 20 do Japão e 29 de Camarões. Já Argentina 1 x 0 Nigéria teve apenas 15 faltas no total, com 8 dos africanos e 7 dos sul-americanos. A média de faltas é 29,4 por jogo.

Camarões 29
França 20
Austrália 20
Dinamarca 20
Japão 20
África do Sul 17
Argélia 17
Gana 15
Itália 15
Paraguai 15
Coréia do Sul 14
EUA 14
Holanda 13
México 13
Uruguai 13
Grécia 12
Inglaterra 12
Alemanha 10
Eslovênia 10
Sérvia 10
Nigéria 8
Argentina 7

As partidas com mais cartões amarelos até aqui são Uruguai x França e Inglaterra x EUA, com 6 advertências. 3 jogadores já levaram o segundo cartão e foram expulsos. E apenas 1 cartão vermelho direto foi mostrado para Cahill, da Austrália.

QUANTO CADA SELEÇÃO PERCORREU
Uma medição muito interessante feita pela FIFA é das distâncias percorridas por cada seleção durante as partidas. Esse resultado é conseguido pela soma de todas as distâncias percorridas pelos jogadores.
Parece que o toque das vuvuzelas impulsionaram a África do Sul. É até o momento a equipe que mais correu, com 118.853 metros. México teve que entrar no ritmo e percorreu 116.188 metros. Já a seleção mais paradinha é a Nigéria que ficou na marca de 93.422 metros. Isso porque, seu adversário, a Argentina, também não correu muito: 95.326.

Vejamos abaixo quem colocou mais correria até o momento (em mil metros):

África do Sul – 118.853
México – 116.188
Austrália – 113.489
Alemanha – 112.073
Japão – 109.940
Paraguai – 108.615
Inglaterra – 108.154
Itália – 107.530
Estados Unidos – 107.518
Eslovênia – 106.292
Camarões – 102.958
Dinamarca – 101.856
França – 101.506
Uruguai – 101.215
Argélia – 99.882
Holanda – 99.862
Gana – 97.692
Argentina – 95.326
Sérvia – 94.150
Nigéria – 93.422

CHUTES A GOL
As seleções que mais finalizaram foram Alemanha, Inglaterra e Argertina com 16. Depois vem Holanda com 15, Gana com 13, França e México com 12. Já a que menos finalizou foi o Japão com 5.

Alemanha 16
Inglaterra 16
Argentina 16
Holanda 15
México 14
Gana 13
França 12
Argélia 11
EUA 11
Coréia do Sul 11
Itália 10
Sérvia 10
África do Sul 9
Nigéria 9
Austrália 8
Camarões 8
Dinamarca 8
Paraguai 8
Eslovênia 7
Uruguai 6
Grécia 6
Japão 5

CHUTES PARA FORA
Mas o detalhe mais interessante é que no quesito chutes para fora do gol, Japão é a única seleção zerada. Ou seja, todos seus 5 chutes foram no gol, sendo que um deles entrou. Gana chutou 13 vezes ao gol, mas 10 desses chutes foram para fora.

Japão 0
Eslovênia 3
Uruguai 3
África do Sul 4
Camarões 4
Coréia do Sul 4
Grécia 4
Dinamarca 5
Itália 5
Alemanha 6
Austrália 6
EUA 7
Paraguai 7
Holanda 8
Inglaterra 8
Nigéria 8
Sérvia 8
Argentina 9
Argélia 9
França 9
México 9
Gana 10

CHUTES CERTOS NO GOL
A seleção que mais marcou gols até agora é a Alemanha com 4. Chutaram 16 vezes, sendo que 10 foram no gol. Nigéria chutou apenas 1 vez e não marcou gol. Já o Paraguai também acertou o gol da Itália apenas 1 vez e, a única que foi, entrou.

Alemanha 10
Inglaterra 8
Argentina 7
Coréia do Sul 7
Holanda 7
África do Sul 5
Itália 5
Japão 5
México 5
Camarões 4
EUA 4
Eslovênia 4
França 3
Gana 3
Dinamarca 3
Uruguai 3
Grécia 2
Argélia 2
Austrália 2
Sérvia 2
Nigéria 1
Paraguai 1

POSSE DE BOLA
O maior tempo de posse de bola numa partida está com Argentina, Holanda e México. As três seleções ficaram 58% do tempo de jogo com a bola em seus domínios. Interessante notar que os mexicanos não traduziram esse domínio em vitória, ao contrário dos Holandeses e Argentinos. Entre os países que venceram seu primeiro jogo, Japão é o que ficou menos tempo com a posse de bola: 45%. Esse mesmo índice foi o alcançado pela Austrália, mas que no entanto foi goleada pela Alemanha. O jogo mais equilibrado foi Coréia do Sul 1 x 0 Grécia com 50% de posse de bola para cada seleção.

Argentina 58%
Holanda 58%
México 58%
Alemanha 55%
Camarões 55%
Inglaterra 54%
França 53%
Eslovênia 52%
Itália 52%
Sérvia 52%
Coréia do Sul 50%
Grécia 50%
Paraguai 48%
Argélia 48%
Gana 48%
Uruguai 47%
EUA 46%
Austrália 45%
Japão 45%
África do Sul 42%
Nigéria 42%
Dinamarca 42%

IMPEDIMENTOS
Apesar de ter marcado 4 gols, a Alemanha é a seleção que mais teve jogadores em impedimento. Foram 7 jogadas que poderiam se concretizar em outros ataques. E no jogo Argentina 1 x 0 Nigéria aconteceu algo raro: nenhuma das seleções teve jogadores em posição de fora de jogo. Gana foi outra seleção que não teve nenhum impedimento marcado contra si.

Alemanha 7
México 6
Inglaterra 5
Uruguai 5
França 4
Holanda 4
Grécia 4
Japão 4
África do Sul 3
Eslovênia 3
EUA 2
Argélia 2
Sérvia 2
Dinamarca 2
Camarões 2
Austrália 1
Coréia do Sul 1
Argentina 0
Nigéria 0
Gana 0
Itália 3
Paraguai 4

ESCANTEIOS
Os escanteios indicam um certo índice de presença de uma equipe próxima ao gol adversário. Grécia domina esse item com 11 escanteios a seu favor. Já Uruguai e Japão não colocaram a bola próxima das bandeirinhas pois não tiveram nenhum escanteio a seu favor.

Grécia 11
Inglaterra 8
Itália 8
Austrália 7
Coréia do Sul 6
Holanda 6
México 5
África do Sul 4
Alemanha 4
Argélia 4
Paraguai 4
França 4
EUA 4
Sérvia 4
Gana 4
Eslovênia 3
Dinamarca 2
Camarões 3
Uruguai 0
Japão 0

(Fonte: FIFA.COM - Seção MatchCast)