sábado, 12 de junho de 2010

Confesso: estou torcendo pela Argentina

Futebol envolve paixão, raiva, emoção, concordar ou discordar de palpites, opiniões, preferências. Aqui no Brasil existe quase uma lei do futebol que diz: "Se você é brasileiro deverá sempre e em todas as situações fazer piadas contra os porteños, vibrar com suas derrotas e jamais torcer por eles".
Pois eu confesso estar desrespeitando essa regra.

Esperei com muita expectativa pela estreia do time de Diego Maradona contra a Nigéria que, num passado não muito distante, empolgou com um futebol moleque, atrevido, cheio de toques e busca constante do gol. Mas minha expectiva era para ver Messi, Veron, Di Maria e até Carlitos Teves. Sim, isso mesmo. Não tenho culpa em gostar de futebol bem jogado. Sou assim e não tenho como mudar. Jamais irei admirar futebol pragmático, burocrático e dominado apenas pela busca do resultado. Jamais irei trocar a seleção que perdeu em 1982 pela que ganhou em 1994.
Por tudo isso, torci sim pela Argentina. E vou torcer nos próximos jogos.

Quando Maradona e Careca estavam no Napoli, eu fazia de tudo para vê-los jogando no campeonato italiano. Torcia por eles, pelos shows de Maradona e pelos golaços de Careca.

No jogo de hoje, quando Messi pegava na bola, eu ficava torcendo para que ele realizasse uma jogada digna de uma Copa do Mundo. E foram várias arrancadas rumo ao gol, deixando o marcador nigeriano atordoado sem saber o que fazer. Nem falta eles conseguiam fazer. Messi é rápido, ágil e a bola cola em seus pés, seja ela uma Jabulani ou uma outra qualquer. E ao ser chutada pelos seus pés, ela toma uma direção certeira, quase mortal para o goleiro adversário. Méritos ao goleiro Nigeriano que hoje praticou pelo menos três defesas dificílimas em finalizações de Lionel e não permitiu que ele tivesse uma atuação coroada com um gol.

O outro craque argentino está fora das quatro linhas. Maradona, com suas frases provocadoras e inteligentes, continua sendo uma atração. Hoje, para surpresa de todos e atentendo a pedido da filha, apareceu com um terno elegantíssimo. E há um dito no meio futebolístico que diz: "A bola sempre procura o craque." E hoje, mesmo fora do campo, a Jabulani insistia em cair em seus pés. Foram pelo menos 5 vezes em que teve que matar a bola, dominar e tocar a um jogador que iria repor em lateral.
Quantas vezes a Jabulani irá cair nos pés de Dunga?

Lionel Messi disputa sua segunda Copa do Mundo. Em 2006 quase não brilhou, assim como Maradona em 1982. Dieguito brilhou e carregou a Argentina nas costas e conquistou a Copa em 1986. Será esta a Copa de Messi?

Se for, o mundo do futebol terá ganho mais um nome para ser lembrado pela posteridade.

Que culpa tenho eu de Messi não ser brasileiro?

E viva o belo futebol.

Um comentário:

  1. Falaaaa Geraldo!!
    Estava aqui neste sabadão junto com os padres assistindo o jogo da Argentina contra a Nigéria. E por íncrivel que pareça, torcendo pela Argentina!!

    Caramba... como o Messi joga! Torci para ver algum Gol dele diante daquelas arrancadas, como vc disse: com a bola grudada no pé! Mas também o goleiro nigeriano foi digno de até fazer eu lavantar do sofá de ansiedade, com as suas esticadas de dedo para agarrar umas bolas caprichadas.
    Olha eu arriscando palpite de futebol...

    Bom demais seu blog.
    Seu LIVRO vai virar um Best seller!!! rsrsrsrs
    Ótima semana
    Abração

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